Amo-te

Amo-te
Amo-te...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

49. ANTÍTESE

I

Olhei para a desolação dum pequeno jardim deserto
E vi que algo não estava certo
Uma pobre moça abandonada
Longe do rapaz que simplesmente a adorava
O céu estava lúgubre agreste ameaçador
A noite escura uma paisagem de terror
Ao longe um velhote deitado no chão
Coberto com um simples jornal que detinha na mão
A seu lado um passarinho gelado
Pulava no solo molhado
As árvores estavam nuas vazias mortas
E as folhas secas imóveis mortas
Perto notava-se um pequeno charco
A água tinha um aspeto turvo amargo
Taciturno perguntei o que se passava
Respondeu tão-somente que não a amava

A solidão chegara conquistara e reinava



II

Olhei para o esplendor dum grande jardim coberto
De um verde belo e vi algo lindo decerto
Uma bonita moça estava acompanhada
Pelo rapaz que tanto amava
O céu claro límpido de mil-e-uma-cor
Iluminava o local com ternura e amor
Ao longe uma criança brincava com um cão
Ao lado o irmão que a levava pela mão
Perto um passarinho doirado
Voava indo poisar no beiral do telhado
As árvores fofas cheias cobertas
Por folhas de vida e tão abertas
Perto situava-se um pequeno lago
Cuja água límpida e clara era algo
Maravilhoso Passei e num sorriso de salva
Olhando para trás notei que ele a beijava

O amor chegara conquistara e reinava

Sem comentários:

Enviar um comentário